Pesquisa avalia condições de trabalho e de saúde de agentes comunitários do Norte de Minas em tempos de Covid-19

Estudo é realizado em 33 municípios da região

Trinta e três municípios que integram a macrorregião de saúde do Norte de Minas estão participando da pesquisa “Condições de trabalho e saúde dos agentes comunitários de saúde do Norte de Minas Gerais no contexto da Covid-19”. O estudo conduzido pela enfermeira e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Clara Cynthia Melo e Lima, foi iniciado neste mês de julho com a previsão de término para o final do segundo semestre de 2020.

De acordo com a estudiosa, os municípios participantes da pesquisa foram escolhidos por meio de sorteio e integram as áreas de atuação da Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros e às gerencias regionais de saúde de Januária e Pirapora.

“Além de 846 agentes comunitários de saúde atuantes em Montes Claros serão estudados todos os profissionais distribuídos nas equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) de outras 32 cidades. Para a coleta de dados será aplicado um formulário eletrônico online que contemplará aspectos sociodemográficos; características ocupacionais; estilo de vida; condições de saúde; aspectos emocionais; qualidade de vida profissional e atuação dos ACS diante da Covid-19”, explica.

Ainda de acordo com Cynthia Melo, o trabalho do agente comunitário de saúde é essencial para o Sistema Único de Saúde (SUS), sobretudo no que se refere ao funcionamento dos serviços de atenção primária à saúde.

“O trabalho dos ACS tem ênfase na promoção da saúde, monitorando e estimulando hábitos de vida saudáveis, além de atuar na prevenção de doenças, orientando e facilitando intervenções precoces nas comunidades onde atuam. A realização da pesquisa possibilitará levantarmos informações sobre a saúde física e emocional dos agentes comunitários de saúde durante a pandemia da Covid-19, além de viabilizar o desenvolvimento de estratégias de intervenções em educação e saúde voltadas para esses profissionais”.

A superintendente regional de saúde de Montes Claros, Dhyeime Thauanne Pereira Marques avalia que, além do aspecto cientifico e acadêmico, “a iniciativa da Unimontes na implementação da pesquisa possibilitará aos municípios conhecerem de forma mais consistente as potencialidades e os pontos que necessitam de maior intervenção para a melhoria dos trabalhos executados pelos agentes comunitários de saúde o que, consequentemente, viabilizará novos avanços para os serviços prestados à população”.

Além de Montes Claros a pesquisa contempla os seguintes municípios: Mirabela, Francisco Sá, Grão Mogol, Bocaiúva, Engenheiro Navarro, São Francisco, Brasília de Minas, Icaraí de Minas, São João da Ponte, Varzelândia, Ubaí, Coração de Jesus, Jequitaí, Pirapora, Buritizeiro, Várzea da Palma, Janaúba, Monte Azul, Espinosa, Jaíba, Porteirinha, Riacho dos Machados, Japonvar, Januária, Itacarambi, Manga, Montalvânia, Salinas, Rubelita, Taiobeiras, Rio Pardo de Minas e São João do Paraíso.

A pesquisa é orientada pelo médico e professor universitário, Antônio Prates Caldeira e conta com a participação de outros 11 professores. Além de estudantes de mestrado e doutorado a pesquisa envolve a participação de alunos de graduação e de iniciação científica da Unimontes.